quarta-feira, 22 de abril de 2009

PIB da indústria tem a maior queda desde 1996

O tombo foi de 7,4% da indústria no último trimestre de 2008 em comparação com o terceiro trimestre


RIO - A crise econômica levou a uma queda de 7,4% da indústria no último trimestre de 2008 em comparação com o terceiro trimestre do ano passado. O dado consta da pesquisa do Produto Interno (PIB), divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior queda desde 1996. A agropecuária caiu 0,5% na margem. Na mesma comparação, o setor de serviços, o de maior peso no PIB, mostrou redução de 0,4%.

Nos últimos três meses de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, houve queda de 2,1% para a indústria; aumento de 2,2% para a agropecuária e crescimento de 2,5% para serviços. No total de 2008, a indústria cresceu 4,3%; a agropecuária, 5,8 % e o setor de serviços, 4,8%.

Houve uma revisão na variação do PIB do primeiro trimestre de 2008 ante o quarto trimestre de 2007 de 1,7% para 1,6%. O IBGE também revisou o PIB do terceiro trimestre de 2008 ante o segundo trimestre do mesmo ano, de +1,8% para +1,7%.

Setores da indústria

A indústria de transformação, com queda de 4,9% no quarto trimestre de 2008 na comparação com igual período de 2007, explica a taxa negativa da indústria no PIB para esta comparação, que ficou em -2,1%. A indústria extrativa mineral ficou quase estável, com pequeno crescimento de 0,2%, resultado da combinação da queda de 18,9% na extração de minério de ferro, uma das atividades mais atingidas pela crise global, com o crescimento de 6,3% da extração de petróleo e gás.

Houve expansão dos outros setores da indústria na pesquisa do PIB: a construção civil, com 2,1%, e os serviços de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, com 3,2%. Neste último grupo, a coordenadora da pesquisa do PIB trimestral, Rebeca Palis, destacou o crescimento de 6% no consumo residencial de energia elétrica.

Na indústria de transformação, toda a cadeia produtiva de automóveis foi atingida. Não só a fabricação de veículos, mas também metalurgia, borracha e plásticos foram citados por Rebeca Palis como exemplos de indústrias com queda na comparação. Ela também deu como exemplos têxteis e "algumas máquinas e equipamentos".

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