quinta-feira, 23 de abril de 2009

resumo da paletra com a ministra da casa civil ilma Rousseff


Debate: O Brasil e a Crise Mundial 

Na palestra realizada pela ministra Dilma Rousseff foram discutidos pontos da atual crise econômica que abrange praticamente todo o mundo, e com os atuais acontecimentos põem em duvida as teorias econômicas, um exemplo é que o modelo que se aplicava nos países periféricos não se aplica aos países ricos. Nosso país vem apresentando resultados positivos diante dos acontecimentos atuais, um exemplo é que antes da crise crescia-mos cerca de 6 % e estávamos bem colocados no mercado, o que influenciou para que o baque que sofremos fosse menor que os demais países.

Algumas medidas tomadas pelo governo brasileiro que ajudaram a amenizar a crise foram: Os nossos bancos, em sua maioria serem estatais; Manter o investimento no país; Ter uma reserva em dinheiro de mais de 200 bilhões de dólares; Incentivar o desenvolvimento do mercado interno;

Outro ponto importantíssimo que vai além das medidas econômicas, porem tem um impacto direto em nossa economia, e que nos auxiliou a manter o mercado consumidor em alta e firme durante a crise foi à rede de proteção social, esses políticas sociais mantêm a renda dos mais pobres, com isso há um consumo e aquecimento da economia interna, com isso proporciona a mobilidade social, com isso um maior consumo.

Entre outros pontos citados na palestra é a valorização de mercado com países emergentes e subdesenvolvidos, como os da América Latina, Ásia, África e alguns países Árabes, o que faz com que nós dependemos menos dos países mais afetados com a crise, com essa diversificação proporciona um maio mercado que irá consumir os produtos brasileiros. Essas relações diversificadas são muito importantes, antes o Brasil possuía cerca de 30% de suas relações com os EUA, com isso seriamos mais afetados pela crise, porem como nosso mercado é mais abrangente, hoje temos um relação de cerca de 14%.

 

Umas das primeiras medidas tomadas pelo nosso governo foi incentivar o consumo para que não haja um aumento no desemprego, alem do consumo, há o incentivo ao micro e pequeno empresário, com isso essas empresas não deixam de produzir e a economia aquece, a redução dos impostos foi também muito importante para evitar maiores impactos, e concessão de credito também estimula o mercado fortalecendo-o.

Nos últimos anos nos desvinculamos do FMI, o que nos dá maior autonomia para reagirmos à crise, rompendo os ciclos viciosos. Mesmo durante a crise houve aumento dos investimentos do PAC, para proporcionar crescimento e investimento no país, pois não podemos parar. Para demonstrar o quanto nosso país vem crescendo e não está parado com crise, seremos exportadores de petróleo, está havendo investimentos em educação, tecnologia para ampliar nossa autonomia, este ano haverá uma diminuição do crescimento, porem ao contrario dos demais países, ele será positivo, as expectativa é que em 2010 volte a acelerar o crescimento.

Nesta palestra foram apresentados os dilemas do neoliberalismo superados pelo Brasil nos últimos anos, estes são:

  • Superaram o declínio neoliberal;
  • O país cresceu e manteve a inflação baixa;
  • Exportou e também manteve o mercado interno reforçado;
  • Não manteve estado mínimo, mas também não teve um gigantesco;
  • Democracia representativa X democracia participativa;
  • Não houve uma integração subalterna e também não se isolou;

Mas foi-se explicitado não devemos subestimar a crise econômica, por que ela está se abatendo de forma desigual no Brasil, então cada estado tem que se prevenir de maneira individual. O país está preparado porem não pode superestimar a crise, por estamos passando por um forte rearranjo geopolítico e geoeconomico em todo o mundo. Hoje o Brasil é credor, pois possui uma reserva em dólares alta, e com essa reserva há compra de títulos do tesouro americano. O grande problema dos EUA e da Europa é que eles consomem mais do que produzem, o que é positivo para países exportadores como o Brasil, a China, a Índia e alguns países emergentes, havendo então o acumulam de capital e financiamos o déficit americano. Com isso os países que compram seus títulos e tem uma grande reserva cambial.

 

O cenário depois da crise irá mudar radicalmente, o primeiro ponto são os países emergentes vão sentar-se à mesa juntamente com os grandes, de G8 para G12. Haverá sem duvida uma grande transformação política, econômica e social, novas teorias e um novo quadro integrante dos países no comando, mudando completamente a visão que todos têm do atual mundo.

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